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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Trainspotting

Quão ruim é desejar algo, e ter plena consciência da impossibilidade deste tal querer?

É como se eu estivesse envolvida em uma nebulosa, onde fosse impossível enxergar até mesmo a minha própria mão.

O celular não vai tocar, eu sei que não, mas continuo segurando-o, pois meu inconsciente não se cansa de me perguntar: ‘E se tocar?’

Um segundo é suficiente para que eu me perca em pensamentos e me encontre novamente pensando em você, e então aquele tal sentimento que faz querer suspirar, toma conta. Sinto que brevemente serei obrigada a criar um nome para este sentimento, pois não agüento mais ser mal entendida ao tentar descreve-lo. Talvez eu o batize como ‘Vazio que Enche a Incerteza de Angustia’, ou talvez eu use de sua forma abreviada: VEIA.

Voltando ao foco, eu poderia desenhar agora mesmo seu rosto mantendo meus olhos fechados, tamanha perfeição de minha lembrança.

Surpreendente também é a maneira como o seu nome surge em todos os cantos para onde vou, e como qualquer pausa em um diálogo, abre caminho para que o assunto seja você.

Enfim, já posso sentir a corda envolvendo o meu pescoço. Vejo ao longe placas dizendo que o perigo se encontra logo ali, ouço a multidão se afastar cochichando uns aos outros: ‘Eu avisei, eu avisei!’.

Como ouvi hoje mesmo em uma música ‘This is relationship suicide’, mas agora está feito.

Me sinto um Kamikaze, prestes a sacrificar sua própria vida em nome de ‘não sei quem’, mas SE A DOR É INEVITÁVEL, VOU DEIXAR QUE ELA ME DOA!

Talvez este seja o Mal do Século XXI.


Ps: Não que seja verdade, nem mentira. Mas como eu já disse, quando a vontade de escrever vem, eu não posso simplesmente deixá-la passar.

Ps²: Trainspotting = Tempo gasto em função de algo inútil, perda de tempo.

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