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quarta-feira, 2 de junho de 2010

enfim.

Tenho saudades de quando só o amor bastava.
Era tudo tão simples que ao tentar explicar me sinto uma completa ignorante. Acho que não cabe em palavras para falar a verdade.
Eu estava no auge da descoberta da adolecência, tinha 13 anos, estava apaixonada, e não queria nenhuma opinião alheia sobre a minha vida. Me considerava em perfeito juízo de julgar meus próprios atos, e para falar a verdade eu realmente acho que estava pois tinha plena consciência de tudo o que estava fazendo. Lembro perfeitamente o quanto estava feliz, não sei como conseguia, mas eu não me importava com nenhum milímetro além da minha auto-satisfação. Estava completamente perdida, porém sabia perfeitamente onde estava e como me encontrar.
Queria muito conseguir descrever tudo com a mesma intensidade em que tudo ocorreu. Frio extremo na barriga, um mar de borboletas no estômago, taquicardia, sorrisos sequenciais, tremedeira, calafrios, mãos suando e um medo tremendo de ser pega. Todo este oceano de sentimentos desencadeados por qualquer sinal de perigo, por menor que fosse, desde um bipe no celular até longínquos passos ao longe no corredor. Não estava fazendo nada de errado, mas se eles poderiam pensar que estava, e se eles chegassem a achar somente, poderia ser o fim de toda felicidade. Mal sabia eu que seria um fim tão duradouro.
Que fique bem claro que não é dela que eu sinto falta, pois como ela já se passaram algumas por mim. Eu sinto falta é de mim, pois sinto que esta não sou eu, que este sorriso não é de felicidade e muito menos esta lágrima de tristeza, mas tenho absoluta certeza de que este texto mostra a indiferença, a qual anda tomando conta de mim.
Hoje eu senti saudades desses dias que se passaram e dos quais eu gosto muito de me lembrar.
Senti falta também de ter coragem.

ps: certas coisas são escritas para nunca serem lidas.

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