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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Mais que um grito, um desabafo.

Sempre procuro escrever somente quando não estou mais tão no àpice da emoção. Se escrevo algo, espero alguns dias e releio para não publicar aqui algo que não condiz mais com o que eu estou sentindo, afinal certos textos são escritos para nunca serem lidos e confesso que às vezes nem eu mesma o faço, pois aqueles rabiscos não passam de um desabafo que não pode ser falado por medo de ser ouvido, e todos nós sabemos o quão desorganizados os desabafos são.
Hoje publico aqui pela primeira vez um desabafo, desses sem correção ortográfica e muito menos gramatical, por falta de papel e caneta e urgência em colocar tudo para fora.

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Me senti uma completa idiota ao perceber que meu coração ainda se perde em batimentos descompassados, que minha garganta seca e que algo ocorre lá em baixo quando te vejo. Mais idiota ainda, eu me senti quando me deparei olhando para uma foto sua, e senti sua falta, além do choro que senti entalado na minha garganta.
Me senti idiota pois logo após o ponto final, quando eu ainda me sentia completamente sem chão, eu prometi que não choraria mais, por medo de secar minha alma, e nem sentiria mais a sua falta, pois por algum motivo irracional achei que poderia fazê-lo. E agora aqui, mais de um mês depois, ainda me pego tentando desapertar meu coração e espantar essas borboletas do meu estômago.
Já decidi que não posso mais, não agora. Se eu não posso conviver com a diferença, melhor aprender a conviver com a ausência do seu eu em mim. Mas decidi também que vou me permitir sentir sua falta, e vou me permitir chorar de saudades sempre que eu me lembrar de você, do seu abraço, da sua voz e da sua maneira de me ter.
Espero que não duvide dos meus sentimentos, pois eu tenho absoluta certeza deles.



ps: Odeio a minha inconstância. Esse temperamento ocilatório que me confunde.

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