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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Verdadeira Realidade.

Ás vezes penso que estou ficando louca.
Não falo daquela loucura de querer sair pra quebradeira, beber todas ou até mesmo usar drogas. Falo daquela loucura que a gente não vê chegar, que vai consumindo aos poucos, mas que chega a um ponto em que você se depara consigo mesmo criando ilusões que vão completamente contra a sua razão.
Falo de quando tudo o que se quer é passar a tarde no computador vivendo aquela vida virtual que nunca existiu, mas que se tornou mais real do que a verdadeira realidade.
Falo do sentimento de que aquilo alí basta, daquela sensação de que o esforço é desnecessário pois na verdade a sua vida toda já está criada, porém, na verdadeira realidade está tudo dentro da sua mente.
Falo da vontade de ficar só, de se restringir a um número bem limitado de pessoas, de criar vidas paralelas a sua, da mudança repentina de humor.
Eu sempre temi a falta de discernimento entre realidade e fantasia, ultimamente, temo ao cubo.

sábado, 11 de setembro de 2010



Once you touch me, once you look at my eyes, once you do that tiny lips movement, you make me lose my ground.

Saiam do meu estômago, malditas borboletas.

Here comes the storm.


Eu quero mesmo é causar impacto.
Quero cortar o cabelo curto, quero usar a roupa que primeiro me vier à mente, quero não ter que medir palavras, quero não ter que conter vontades.
Sinto que estou me esquecendo de quem sou, de quem eu quero ser. Minhas opiniões já não são minhas, às vezes falo só pra agradar, às vezes rio só pra ser gentil.
Sinto também que tem uma semente aqui dentro querendo sair, querendo ser, mas com medo de não ter força para brotar.
Medos não me aflingiam tanto quanto o fazem agora, a cobrança também não.
Creio que devido a posição a que ocupo não tenho a chance de errar já que no caso eu vivo o erro. Vai ver é mais fácil aceitar O Erro, quando ele não comete muitos.
Ninguém deveria se importar, inclusive eu.
Preciso respirar um pouco do meu ar, isso aqui já está me sufocando.

Ps: ...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

SunShine

Barriga pra baixo, barriga pra cima, pra esquerda, pra direita, de cabeça pra baixo, de cabeça pra cima.
Me reviro e me reviro.
Creio que na minha cabeça os pensamentos sofrem divisão celular.

Quando o sol bater
Na janela do seu quarto
(...)
Tudo é dor
E toda dor vem do desejo
De não sentirmos dor.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

I'd do.


Me preocupa saber que você seria capaz.
Me preocupa MUITO.

It's Heartbreak Warfare
Once you want it to begin

domingo, 22 de agosto de 2010

Dream your reality.


Odeio quando não sei destinguir se de fato aconteceu ou se foi algo que eu sonhei.
Odeio.

sábado, 21 de agosto de 2010

(In)Direta.

Algo aqui dentro me diz que isso não é somente mais uma das minhas fantasias.
Eu só preciso ser forte e resistente.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Now Spring.


"AUTHOR'S NOTE: The following is a work of fiction.
Any resemblence to persons livind or dead is purely coincitental.
Especially you Jenny Backman.
Bitch."

To die by your side, such a heavenly way to die.

(Só)lidão.

Se a solidão antes machucava, agora é com ela que eu sento para tomar um café.
Afinal, no fritar dos ovos, ela sempre é a única companhia que nos resta.

Just be pacient.

http://www.youtube.com/watch?v=k7X7sZzSXYs&feature=player_embedded

Música.


Because this is what I'm gonna do for life.

Nick and Norah.


Bem água com açúcar, mas é um bom filme.

Sara Bareilles.


Ela (en)cantou meu fim-de-semana.

Paps. 08/08/2010

O tempo vai passar e ele vai continuar sendo o Único,

o Único a me fazer sentir segurança,

o Único a acreditar em mim,

o Único a me fazer rir mesmo quando nada tem graça.

EU TE AMO MAIS QUE A VIDA, PAI!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

No fear in love.



Agora sim está tudo resolvido.
É assim que é, e que vai continuar sendo.
Não me importo mais, não quero nem saber o que vão dizer.
Não o que esconder e muito menos do que ter medo
Quem é que criou um padrão? Quem é que disse que tem que ser assim?
Pois eu digo que não tem, que pode ser do meu jeito ou do seu jeito, basta querermos.
É hora de perceberem que na escassez de amor em que vivemos qualquer demonstração do mesmo é válida, e que se queremos que esta Era seja chamada de "Pós-Modernidade" devemos fazer jus ao seu nome e mudar alguns conceitos medievais que não mais se enquadram no mundo em que vivemos.
Não podemos deixar o mundo evoluir sozinho, temos de evoluir com ele. E pra falar a verdade, já estava passando da hora de tornar isso público, afinal, o amor que eu sinto não é nem um pouco diferente do que você sente.

domingo, 18 de julho de 2010

Ou.



Preciso parar de alimentar você, vontade.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Trainspotting

Quão ruim é desejar algo, e ter plena consciência da impossibilidade deste tal querer?

É como se eu estivesse envolvida em uma nebulosa, onde fosse impossível enxergar até mesmo a minha própria mão.

O celular não vai tocar, eu sei que não, mas continuo segurando-o, pois meu inconsciente não se cansa de me perguntar: ‘E se tocar?’

Um segundo é suficiente para que eu me perca em pensamentos e me encontre novamente pensando em você, e então aquele tal sentimento que faz querer suspirar, toma conta. Sinto que brevemente serei obrigada a criar um nome para este sentimento, pois não agüento mais ser mal entendida ao tentar descreve-lo. Talvez eu o batize como ‘Vazio que Enche a Incerteza de Angustia’, ou talvez eu use de sua forma abreviada: VEIA.

Voltando ao foco, eu poderia desenhar agora mesmo seu rosto mantendo meus olhos fechados, tamanha perfeição de minha lembrança.

Surpreendente também é a maneira como o seu nome surge em todos os cantos para onde vou, e como qualquer pausa em um diálogo, abre caminho para que o assunto seja você.

Enfim, já posso sentir a corda envolvendo o meu pescoço. Vejo ao longe placas dizendo que o perigo se encontra logo ali, ouço a multidão se afastar cochichando uns aos outros: ‘Eu avisei, eu avisei!’.

Como ouvi hoje mesmo em uma música ‘This is relationship suicide’, mas agora está feito.

Me sinto um Kamikaze, prestes a sacrificar sua própria vida em nome de ‘não sei quem’, mas SE A DOR É INEVITÁVEL, VOU DEIXAR QUE ELA ME DOA!

Talvez este seja o Mal do Século XXI.


Ps: Não que seja verdade, nem mentira. Mas como eu já disse, quando a vontade de escrever vem, eu não posso simplesmente deixá-la passar.

Ps²: Trainspotting = Tempo gasto em função de algo inútil, perda de tempo.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Twitter da Carência.

O mundo está carente e a maior prova disso é o Twitter. Não acredita? Pois deveria.

Uma amiga minha me falou uma vez… Ok, ok, ela “twittou” um @FalaRapha dizendo que: “o Twitter é como o pátio de um manicômio: trocentos loucos falando suas loucuras e, ás vezes, alguém responde”. Acho que não conseguiria descrever melhor o site.

O Twitter é um lugar onde milhões de pessoas publicam coisas como “Tomando banho”, “Indo trabalhar”, “Odeio azeitona”, na esperança de um “@” antes do seu nome e alguma resposta como “Que xampu você usa?”, “Bom trabalho” ou “Eu só gosto delas na pizza”. Passamos a “seguir” e sermos “seguidos” por pessoas que, ás vezes, nem conhecemos, mas sabem que ontem você queria locar um DVD de comédia, que hoje você levou coça do seu chefe e que faz meia hora que você está jurando a Nossa Senhora Desatadora dos Nós que vai visitar a sua vó se passar na DP da faculdade. Tudo isso é como uma grande paranóia esquizofrênica virtual!

A que ponto chegamos que temos que expressar cada ato mínimo do nosso cotidiano para (des)conhecidos em um site com um limite de 140 caracteres? O desespero pra ser ouvido é tanto que berramos on-line sobre tudo e qualquer coisa, na esperança de resposta? Será que estamos tão carentes assim? Bom, twittem um @FalaRapha e me respondam.

Por Rapha: http://paradalesbica.com.br/2009/07/twitter-da-carencia/

Ps: Não gosto muito de postar aqui texto que não sejam meus, mas este mereceu.

Ps²: @maarock

domingo, 4 de julho de 2010

shh!

Na maioria das vezes, a vontade de traduzir meus sentimentos em palavras, me consome.
Hoje, o silêncio fala por mim.

Ps: Quero mesmo é poder ouvir o bater do meu coração ecoando dentro de mim.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

ai ai.

Será que é pedir muito ?

Só quero que você seja bem equilibrada emocionalmente, inteligente, saiba conversar, goste de boas músicas, tenha um bom convívio social, seja uma boa companhia, cuidadosa, carinhosa, saiba me confortar sem deixar de ser sincera, goste de mim, sinta ciúmes, sinta minha falta, me ligue somente pra dizer oi, pra dar boa noite ou pra dizer que me queria por perto.
Quero que você se importe comigo, me pergunte como foi meu dia, se eu estou bem e se preciso de algo, que você me surpreenda, me mande mensagens de madrugada ou apareça sem avisar, me leve à lugares que eu nunca fui, me diga palavras que eu nunca ouvi e me faça enxergar tudo aquilo que eu somente olhei, mas nunca vi.
Quero que você me desafie, me faça pensar em você o dia todo, e talvez a noite toda, que você me deixe em dúvida, confusa e totalmente perdida.
Se além disso você conseguir lidar comigo até mesmo nos meus dias de tpm, eu prometo que terás tudo isso de volta e em dobro.

ps: Na verdade acho que sou exigente demais.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Eu nunca soube.

Não sei se é saudade, se é vontade, se é carência, se arrisco algo novo ou se me contento com o conforto. Não sei se esse sentimento está realmente dentro de mim, ou se foi a música que o despertou, não sei se ele fica ou se logo que a música acabar ele se vai com ela, se é uma paixão platônica ou se é tudo uma questão circunstancial, se é fruto da minha imaginação ou se algo está mesmo acontecendo. Não sei se deixo passar ou se me agarro a qualquer sombra de chance que eu vir na frente, se me deixo fantasiar ou se tiro isso da cabeça, não sei se é sim ou se é não.

Afinal, eu nunca sei. Sempre tenho medo de me deixar levar e sair machucada, de ultrapassar a minha zona de conforto, de perder o controle da situação ao ponto de me perder em mim.
No fim já não faz muita diferença, já estou perdida faz tempos. Mas pelo menos estou me procurando, e se alguém me vir por aí, avise-me que sinto minha falta, e que já não consigo mais viver com esse falso-eu que aqui escreve.
E se por caso alguém me tiver em mãos neste exato instante, pode chegar mais perto, não tenha medo, eu só quero me sentir outra vez.

ps: Essa indecisão me corrói.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Depedida.

Pude sentir a conexão que se estabeleceu naquele exato instante em que nossos corpos se envolveram em um intenso abraço. O frio na barriga foi inevitável. Talvez pelo excesso de álcool eu não tenha notado com clareza, mas acho que um sorriso se estampou imediatamente na minha face quando eu senti que por 2 ou 3 segundos eu não me importava se havia ou não mais alguém ali.

Nossos rosto se encontraram e um formigamento percorreu toda a extensão do meu corpo, mas algo me trouxe de volta à realidade. Pude perceber o exato momento em que meus pés tocaram novamente o chão.
-"Preciso ir."
E com aquele lindo sorriso, segui o caminho até aqui.

ps: Eu sou apaixonada com sorrisos, mas ainda prefiro a vontade que fica.
ps²: Se é verdade ou não, eu não direi, mas às vezes eu só não posso deixar a vontade de escrever passar.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

hormônios.

Sempre há uma época no mês em que eu pareço sair de mim e as emoções tomam conta. Normalmente fico pensativa, aérea. Procuro soluções, reflito sobre tudo o que está acontecendo e saio da realidade por alguns dias, viajando para um espaço só meu.
São nesses dias que eu me arrependo do que fiz e principalmente no que deixei de fazer, que eu procuro consolo em um abraço e choro sem qualquer motivo.
Hoje provavelmente é um dia desses.
Acordei com um aperto no peito e uma vontade de fugir incalculável. A carência tomou conta ao ponto de eu sentir falta de algo que eu sequer conheço, de querer de volta algo que eu sequer tive.


ps: Logo vai passar, eu sei que vai. Então vou ler este texto e pensar: "Como eu sou dramática!"

quarta-feira, 16 de junho de 2010

summer, or maybe winter.


Tom: Ok but wait-wait. What happens if you fall in love ?
Summer: You don’t believe that, do you?
Tom: It’s love, it’s not Santa Claus.

ps: se eu respirar bem fundo, talvez eu encontre fé além do oxigênio.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

i'm not sure.


Não sei o que está havendo, mas ando com uma vontade tremenda de dizer coisas bonitinhas. Só não sei pra quem.
É aí que você entra querido blog.

ps: fotos ilustram o que eu não sei dizer.

domingo, 13 de junho de 2010

not anymore.

Eu te ligaria, te diria que te quero, te faria companhia nesta noite fria, te diria palavras metafóricas confortantes, encostaria sua cabeça no meu ombro, te faria um cafuné, você riria de coisas desimportantes, e talvez eu te fizesse sorrir uma vez mais.

No futuro do pretérito, tudo é mais simples, bem mais simples.

ps: eu voaria pra perto de você,.

sobrinhas.

Porque conhecer pessoas novas faz bem pra alma, e se algo está certo, é que pra minha fez muito bem.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Mais que um grito, um desabafo.

Sempre procuro escrever somente quando não estou mais tão no àpice da emoção. Se escrevo algo, espero alguns dias e releio para não publicar aqui algo que não condiz mais com o que eu estou sentindo, afinal certos textos são escritos para nunca serem lidos e confesso que às vezes nem eu mesma o faço, pois aqueles rabiscos não passam de um desabafo que não pode ser falado por medo de ser ouvido, e todos nós sabemos o quão desorganizados os desabafos são.
Hoje publico aqui pela primeira vez um desabafo, desses sem correção ortográfica e muito menos gramatical, por falta de papel e caneta e urgência em colocar tudo para fora.

.
Me senti uma completa idiota ao perceber que meu coração ainda se perde em batimentos descompassados, que minha garganta seca e que algo ocorre lá em baixo quando te vejo. Mais idiota ainda, eu me senti quando me deparei olhando para uma foto sua, e senti sua falta, além do choro que senti entalado na minha garganta.
Me senti idiota pois logo após o ponto final, quando eu ainda me sentia completamente sem chão, eu prometi que não choraria mais, por medo de secar minha alma, e nem sentiria mais a sua falta, pois por algum motivo irracional achei que poderia fazê-lo. E agora aqui, mais de um mês depois, ainda me pego tentando desapertar meu coração e espantar essas borboletas do meu estômago.
Já decidi que não posso mais, não agora. Se eu não posso conviver com a diferença, melhor aprender a conviver com a ausência do seu eu em mim. Mas decidi também que vou me permitir sentir sua falta, e vou me permitir chorar de saudades sempre que eu me lembrar de você, do seu abraço, da sua voz e da sua maneira de me ter.
Espero que não duvide dos meus sentimentos, pois eu tenho absoluta certeza deles.



ps: Odeio a minha inconstância. Esse temperamento ocilatório que me confunde.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

enfim.

Tenho saudades de quando só o amor bastava.
Era tudo tão simples que ao tentar explicar me sinto uma completa ignorante. Acho que não cabe em palavras para falar a verdade.
Eu estava no auge da descoberta da adolecência, tinha 13 anos, estava apaixonada, e não queria nenhuma opinião alheia sobre a minha vida. Me considerava em perfeito juízo de julgar meus próprios atos, e para falar a verdade eu realmente acho que estava pois tinha plena consciência de tudo o que estava fazendo. Lembro perfeitamente o quanto estava feliz, não sei como conseguia, mas eu não me importava com nenhum milímetro além da minha auto-satisfação. Estava completamente perdida, porém sabia perfeitamente onde estava e como me encontrar.
Queria muito conseguir descrever tudo com a mesma intensidade em que tudo ocorreu. Frio extremo na barriga, um mar de borboletas no estômago, taquicardia, sorrisos sequenciais, tremedeira, calafrios, mãos suando e um medo tremendo de ser pega. Todo este oceano de sentimentos desencadeados por qualquer sinal de perigo, por menor que fosse, desde um bipe no celular até longínquos passos ao longe no corredor. Não estava fazendo nada de errado, mas se eles poderiam pensar que estava, e se eles chegassem a achar somente, poderia ser o fim de toda felicidade. Mal sabia eu que seria um fim tão duradouro.
Que fique bem claro que não é dela que eu sinto falta, pois como ela já se passaram algumas por mim. Eu sinto falta é de mim, pois sinto que esta não sou eu, que este sorriso não é de felicidade e muito menos esta lágrima de tristeza, mas tenho absoluta certeza de que este texto mostra a indiferença, a qual anda tomando conta de mim.
Hoje eu senti saudades desses dias que se passaram e dos quais eu gosto muito de me lembrar.
Senti falta também de ter coragem.

ps: certas coisas são escritas para nunca serem lidas.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

13/05

'Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez'.'
Caio F.


Ps: hoje só o que eu sinto falta é de ouvir o telefone tocando, daquele jeito quase diferente, quando você liga.

03/05/10

Queria gritar bem alto, buscar qualquer tipo de oxigênio que preencha meus pulmões que não este aqui, que entra e sai, entra e sai, somente.
Queria um círculo só meu, um paralelepípedo só meu, uma lágrima só minha, para que eu pudesse deixá-la escorrer sem ter que explicar porque ela se vai.
Queria um carro, uma casa, dinheiro e um par de meias novas! Não que eu precise, mas as vezes é bom ter quereres normais também.
Mas no fundo, bem lá dentro, nada disso me necessita. O que realmente me necessita é o seu nada, que me enche de tudo. Os seus olhos, sua boca, seu afago, e nada mais, nada menos do que um sincero 'Eu Te Amo!'.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Segunda de Cinzas.

Poucas horas de sono, lençóis desarrumados, cama cheia e corpos entrelaçados. É, agora sim eu sei o que é bom.


ps: longe do próximo fim de semana, segunda-feira é só saudade.

ps²: ela faz tão bem!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Who know's ?

Esses sorrisos, este batimento acelerado dentro do meu peito, estas borboletas no meu estômago, estes olhos que brilham e estes pensamentos que se perdem em segundos parecem querer me dizer algo.

Mas eu ainda não consigo ouvir nitidamente. Então por favor... Será que você poderia gritar BEM alto ?

ps: não preciso dizer mais nada, preciso ?

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Sobre Urubus e Beija Flores - Rubem Alves

Eu estava terminando a leitura de um artigo científico. De vez em quando é bom ler ciência. A gente fica mais sabido. Tudo explicadinho. No final das contas, tudo se deve a esse gigantesco infinitamente pequeno disquete que existe dentro das células do corpo chamado DNA. Nele está gravado o nosso destino. Antes de existir, eu já estava “programado” inteiro: a cor dos meus olhos, as linhas do meu rosto, a minha altura, os cabelos brancos precoces, o seu adeus que nada consegue evitar, o sexo. Dizem alguns que lá está até um relógio que marca quantos anos eu vou viver. E é implacável: o que a natureza põe, não há homem que disponha.

Programa mais complicado que o DNA não existe. Tudo tem de acontecer direitinho, na ordem certa. E quase sempre acontece. Quase sempre... Vez por outra uma coisinha não acontece segundo o programado. E o resultado é uma coisa diferente. Assim aparecem os daltônicos, que não vêem as cores do jeito como a maioria vê. Ou o canhoto, que tem de tocar violão ao contrário. De vez em quando, uma criança com síndrome de Down. E quem não me garante que Mozart não foi também um equívoco do DNA? Pelo que sei, a receita não se repetiu até hoje...

O artigo prosseguia para mostrar que é assim que, vez por outra, aparecem pessoas com uma sensibilidade sexual diferente: os homossexuais. Tudo aconteceu lá no DNA: um relezinho que funcionou de maneira não programada. Primeiro, caiu o relê que determina o sexo, se vai ser homem ou mulher. Depois, o relê que determina os caracteres secundários, que fazem a “imagem” do homem e da mulher. Por fim, o relê que determina o objeto que vai disparar as reações químicas e hidráulicas necessárias para o ato sexual. Esse objeto é uma imagem. Nos heterossexuais, é a imagem de uma mulher. Nas mulheres heterossexuais, é a imagem de um homem que faz o seu corpo estremecer.

Acontece, entretanto, que por vezes esse último relê não funciona e a pessoa fica ligada à imagem do seu próprio sexo. A imagem que vai comover seu corpo é uma imagem semelhante à sua. E isso que é ser homossexual. A homossexualidade é uma condição estética.

Tudo por obra do DNA. Nada tem a ver com educação, com a mãe ou com o pai. Ninguém é culpado, pois culpa só pode existir quando existe uma escolha. Mas ninguém escolheu. Foi o DNA que fez. E nem pode ser pecado. Pois pecado só existe onde existe culpa. E nem pode ser curado, pois o que a natureza fez não pode ser desfeito.

E foi nesse momento eu estava meditando sobre essas coisas que fogem à compreensão dos homens, como a origem do DNA, o processo pelo qual ele foi estabelecido, se por acidente, se por tentativa e erro, se por obra de algum programador invisível — que uma coisa estranha aconteceu: um barulho como eu nunca ouvira, no meu jardim. Tirei os olhos do artigo, olhei através do vidro da janela e o que vi — inacreditável — um urubu, sim um urubu, batendo furiosamente as asas como s fosse um beija-flor, diante de uma flor de alamanda sugando o melzinho. Achei que estava tendo alucinação, mas não. Era verdade. O urubu, ao ver meu espanto, pousou no galho de uma árvore de sândalo e começou a se explicar, do jeito mesmo que acontecia.

Sofro muito. Nasci diferente. Urubu, todo mundo sabe, gosta de carniça. Basta que se anuncie carcaça de algum cavalo morto, os olhos dos urubu ficam brilhando, a saliva escorre pelos cantos do bicos, a língua fica de fora — e lá vão eles churrasquear. Urubu acha carniça coisa fina, manjar divino! Eles não a trocariam por uma flor de alamanda por nada nesse mundo!

Mas eu nasci diferente. Meus pais, coitado morreram de vergonha quando ficaram sabendo que eu, às escondidas, sugava o mel das flores. Compreensível. O sonho de todo pai é ter um filho normal, isto é, igual a todos. Urubu normal gosta de carniça. Eu não gostava. Era anormal. Fiquei sendo objeto de zombaria. Na escola, logo descobriram minhas preferências alimentares. E impossível esconder. Se todo o mundo está comendo carniça e você não come, que explicação você pode dar?

Aí meus pais começaram a sofrer, pensando que eu era assim por causa de alguma coisa errada que tinham feito na minha educação.

Me mandaram para o padre. Severo, ele abriu um livro sagrado e disse que Deus, o Grande Urubu, estabelecera que carniça é o manjar divino. Urubu, por natureza e por vontade divina, tem de comer carniça. Chupar mel é contra a natureza. Urubu que chupa mel de flor está em pecado mortal. Terminou dizendo que eu iria para o inferno se não mudasse meus hábitos alimentares. E me deu, como penitência, participar de cinco churrascos.

Saí de lá me sentindo o mais miserável dos pecadores. Mas o medo não foi capaz de mudar o meu amor pelas flores. Não cumpri a penitência. Meus pais me mandaram, então, para um psicanalista que cobrava R$120,00 por sessão. Todos os sacrifícios são válidos para fazer o filho ficar normal. A análise durou vários anos. Ao final, fui informado que eu gostava de mel porque odiava meu pai, a quem eu queria matar, para ficar sozinho com a minha mãe. Aí, além de pecador, passei a sofrer a maldição de Édipo. Continuei a gostar do mel da flores. Por isso estou aqui, no seu jardim”.

Houve um momento de silêncio e eu vi o que nunca havia visto: um urubu chorando. Notei que sua lágrimas não eram diferentes das minhas. Aí ele continuou:

Gosto das flores. Não quero gostar de carniça. Não quero ficar igual aos outros. Só tenho um desejo: gostaria de não ter vergonha, gostaria que não zombassem de mim, chamando-me de ‘beija flor’, eu não sou beija-flor. Sou um urubu. Eu gostaria de ter amigos...

O que me dói não é a minha preferência alimentar, pois não fui eu quem me fiz assim. O que me dói é minha solidão. Gosto de flores por culpa do DNA. Mas a minha solidão é por culpa dos outros urubus, que poderiam ser meus amigos”. Ditas essas palavras, ele se despediu e voou par uma alamanda do jardim vizinho.

E eu fiquei a pensar que o mundo seria mais feliz se todos pudessem se alimentar do que gostam, sem ter de se esconder ou se explicar. Afinal ninguém é culpado por aquilo que a natureza faz ou deixou de fazer.

ps: E se eu for um beija flor que gosta de carniça ?

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

só!

'Quero voltar a entender o sentido das coisas. Não há mais amor, não há mais cor, não há mais sons e ninguém nunca esteve aqui.'